domingo, 7 de agosto de 2016

Segóvia/ES



Depois de um longo dia de viagem desde Barcelona, como contei aqui, chegamos sãos e salvos a Segóvia, no Hotel Don Felipe, que fica no centro histórico e é muito bom. Importante ressaltar que o acesso de carro ao centro histórico só é permitido aos veículos autorizados. Seguindo o GPS, tivemos que entrar e nos deparamos com as câmeras de fiscalização no portão de acesso. Mesmo assim, diante do cansaço que sentíamos, seguimos adiante, certo de que levaríamos uma multa.

Já no hotel, perguntei sobre isso e me responderam que eu não me preocupasse, porque eles iriam informar à municipalidade a placa do nosso carro e que éramos hóspedes do hotel. Estávamos, portanto, autorizados a circular por ali. Ufaaaaa! Ninguém quer pagar multa, muito menos em euros, não é mesmo?


Saímos a caminhar na fria noite, procurando um lugar para jantar e tomar um bom vinho nacional, já que o dia tinha sido puxado e intenso diante das nevascas por que passamos e pela falta de experiência em dirigir na neve. A água na fonte da Plaza de la Merced estava congelada, mas a vista da Catedral era inexplicavelmente linda!


Fomos jantar no La Tasquina, um restaurante com gastronomia local e uma boa carta de vinhos. Fomos bem atendidos e saímos de lá satisfeitos. Fica no Casco Viejo, perto da Plaza Mayor. 

No dia seguinte, amanheceu nevando e desistimos de ir até Avila, porque estávamos exaustos da viagem do dia anterior, porque não sabíamos as condições da estrada e porque, para quem perguntamos, não nos recomendaram a ida, já que a estrada provavelmente estaria fechada pela neve. Ficamos o dia em Segóvia, só curtindo o lugar que nos conquistou. Aliás, Segóvia foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985.


Andamos o dia inteiro e não vencemos os diversos pontos de interesse que tínhamos. São muitos museus e muitos lugares para serem visitados. Na Catedral não pudemos entrar, porque estavam suspensas as visitas em razão da substituição do telhado. Seguimos, então, para a Grande Muralha, que cerca todo o Casco Histórico. E foi muito divertido. 



A vista lá de cima é linda e tinha muita neve. O tempo ora abria, ora fechava e nevava. Estava muito, mas muito frio.



Chegamos andando até o Alcázar, que merece uma visita com calma. Trata-se de um palácio de pedra construído sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores. Tem a forma de uma proa de navio e possui, na arquitetura, traços da arte mudéjar. 





São muitas as salas que podem ser visitadas, mas o grande atrativo é a Torre de Menagem, com seus 4 torreões e uma vista imbatível da região. 



Este sinal encontra-se por diversas ruas de Segóvia e significa que a li está o encanamento que trazia água desde o aqueduto para o Palácio. Uma verdadeira obra de engenharia para a época.


Já com fome, almoçamos Mesón Don Jimeno ali por perto e vimos, de perto, o cochinillo segoviano. O almoço foi baseado em pão, tábua de frios e croquetas de jamón, uma delícia produzida na Espanha.



Passamos pela Plaza Mayor e descemos na direção do aqueduto, construído ainda no Império Romano.



A construção do aqueduto ocorreu durante os séculos I e II d.C. e atualmente restam pouco mais de 700m de comprimento, com 29m de altura, 167 arcos, sendo 79 simples e outros 88 dobrados. É lindo de se ver!


Na volta para o Hotel, uma paradinha no excelente Taberna de Volapié, que tem uma vista linda do Aqueduto e um bom cardápio e excelente carta de vinhos.




Passando pela Plaza Mayor, mais uma foto da Catedral.


Concluímos nossa estadia em Segóvia com a certeza de que tomamos a melhor decisão de ficar lá durante o dia inteiro. Se tivéssemos ido a Avila, não a teríamos desbravado e nem conhecido nem uma e nem a outra direito. E mesmo assim o tempo foi pouco. Avila ficou para a próxima.

De souvenir, o Jaime comprou uma panela de barro enorme e pesada. Arrumei-a dentro da mala e ela chegou ao Brasil intacta. Preparei-a conforme o dono da loja me ensinou. No segundo dia de uso, ela rachou e agora só serve para enfeitar ou plantar flor!


Vontade é de voltar lá e devolver a panela pro tio! E aproveitar para visitar o resto de Segóvia!

A gente gostou tanto que o Jaime voltou... mas isso é assunto para outro post...



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